1.20.2009

Do que é feito um Ano Novo

De novos sonhos?

Alguns

Planos?

Pra quê...

De tentativas

Como?

De mesmice

Isso não é novo

Começo procurando coisas que larguei pelo caminho, onde eu já pisei pra minha covardia é mais seguro.
E nessas tantas coisas, achei poesia, que se não muda tem o poder de revigorar.
Uma vez sobre tempo... sempre do tempo.

Estou enamorada novamente de Carlos Drummond de Andrade.

Ontem

Até hoje perplexo Ante o que murchou
e não eram pétalas.

De como este banco
não reteve forma,
cor ou lembrança.

Nem esta árvore
balança o galho
que balançava.

Tudo foi breve
e definitivo.
Eis está gravado

não no ar, em mim,
que por minha vez
escrevo, dissipo.