5.06.2008

Mórbida Alegria




Antes eu me sentia estranha quando me encontrava só com meus Pensamentos, a maioria sexuais, outros obscuros, e também idiotas... óbvio!

Dentre tantos, hoje vim pensando na minha fixação prazerosa em " Imaginar" o Dia da minha Morte.

Já que nunca saberei, Ops! a não ser que eu tenha uma grave doença terminal não é mesmo, mas assim fica fácil, chato e previsível.
Gosto da liberdade de pensar nisso em momentos variados, seja olhando para o Céu, tomando banho, fazendo faxina, ou até mesmo na hora que vou dormir.

Mas não se assustem, não faço isso Diariamente.

Tenho alguns Desejos quando chegar esse Momento, como o de ser enterrada( já que imagino também a falta de grana pra mandar me transformar em pó...hahaha) completamente nua e sem pêlos; imagina a cara do povo chorando no meu corpo nu, nossa chega a ser poético, mais poético ainda se nesse momento receber de último Adeus uma Excitação ou Ereção.

E agora vem os complementos, como o tipo de Bebida... não escolhi, mas tem que ser alcoolica, uma Vodka ou Vinho talvez, nada de comida; pensa alguém botando as mãos engorduradas em meu rosto, ou derramando catchup/ maionese/ recheio de qualquer coisa na morta e limpando depois... No..No..No... vai virar meleca.
Quem Sabe não deixarei vales alimentações de herança???...hahaha

Mas o primordial é a Cerimônia, nela faço questão de no meu último suspiro entediar meus amigos ( aqueles que restarem, isso se eles não forem antes de mim, assim sendo espero que eles também se programem)com uma seleção de músicas que eu adoro e muitos não. Assim fica Marcado o meu "Eu" para eles. Durante o Enterro quero ( por enquanto porque mudo muito de idéia, afinal mente vazia é oficina do Diabo, como diz minha Mama) que toque a música The Lake, na voz de Antony and the Johnson,inspirada em um Poema do Excelente Edgard Allan Poe.

Não Poderia ser melhor não acham?


The Lake


Edgar Allen Poe (1827)

In spring of youth it was my lot
To haunt of the wide world a spot
The which I could not love the less-
So lovely was the loneliness
Of a wild lake, with black rock bound,
And the tall pines that towered around.

But when the Night had thrown her pall
Upon that spot, as upon all,
And the mystic wind went by
Murmuring in melody-
Then- ah then I would awake
To the terror of the lone lake.

Yet that terror was not fright,
But a tremulous delight-
A feeling not the jewelled mine
Could teach or bribe me to define-
Nor Love- although the Love were thine.

Death was in that poisonous wave,
And in its gulf a fitting grave
For him who thence could solace bring
To his lone imagining-
Whose solitary soul could make
An Eden of that dim lake.






Nenhum comentário: